segunda-feira, 23 de março de 2009

Flores da China


Ou Fleurs de Chine no original escrito em Francês.
Este romance transporta em si a China secular e ultramoderna, a poesia, a emoção de um pais em plena mutação é uma história da China contada por mulheres: Magnólia, Crisântemo, Jasmin, Gardénia, Lótus, Orquídea, Hibisco etc...
Nomes de Flores. Nomes de Mulheres, umas jovens, outras menos jovens, contando passo a passo as suas vidas num país marcado pelas mais radicais convulsões históricas e sociais. Através de uma perturbante teia de acontecimentos e confissões, a autora, Wei-Wei, constrói um romance que é um imenso painel da China da cidade ao campo.
Torna-se uma viagem às paisagens mais íntimas da condição feminina, num labirinto de paixões complexo como este país em si cheio de infinitos mistérios.
Wei-Wei é uma escritora que não se interessa por política, mas sim pela psicologia e pela vida quotidiana dos modestos seres que conseguiram, apesar de todas as turbulências, atravessar os tormentos da história.
Wei-Wei é uma das mais importantes vozes literárias da China, o seu primeiro romance, A Cor da Felicidade (escrito em francês) está também publicado pela Editorial Noticias.
Vive actualmente em Inglaterra, depois de ter estudado em França, no entanto é muito pouco conhecida na Europa infelizmente.
Quando pela primeira vez viajei até á China, um amigo de origem Chinesa, residente em França ofereceu-me estes dois livros (na versão francesa, só mais tarde encontrei este na versão publicada em português), para me dar uma perspectiva da China por outro prisma.

Só posso dizer que Adorei e foi como que ver a China com outros olhos quando lá cheguei.

Cá fica um dos meus excertos favoritos:

“... o dragão passa-te a uns centímetros da cabeça, roçando os teus cabelos com a sua longa cauda.
... mas de repente sacode os rins e aponta novamente para o firmamento.- Leva todas as nossa doenças! – grita Velho Lin. – Leva todas as nossa infelicidades!...
O dragão voa em direcção ao zenite. Afasta-se com uma tal rapidez que em breve se converte num pequeno ponto escuro. É então que um extraordinário estrondo de trovão se faz ouvir. A abóbada profunda parece mover-se. “


Podem ler aqui no blog da Miss Slim

3 comentários:

Rock In The Attic disse...

Passei por aqui e gostei.

Fay van Gelder disse...

Pouco conhecido, mas Fenomenal :)
Vale Bem a Pena :)

Noémia disse...

Tenho lido alguns autores chineses que me têm surpreendido agradavelmente. Com uma poesia e sensibilidade nas palavras pouco usual no ocidente dão-nos no entanto uma outra visão da vida...!