domingo, 28 de junho de 2009

Pelo mundo fora

Pelo Mundo Fora é um romance humano, vívido, de esperança e perda, loucura e perdão, que revela os mecanismos subtis subjacentes às nossas mais importantes, e por vezes mais frágeis, relações com os outros. Greenie Duquette distribui a sua energia apaixonada entre a padaria que possui em Greenwich Village e o filho de quatro anos, George. O marido, Alan, parece estar afundado numa depressão da meia-idade enquanto Walter, o seu colega de profissão mais chegado, sofre de um desgosto de amor. É exactamente no restaurante de Walter que o governador do Novo México, que está de visita, prova o bolo de coco de Greenie e decide persuadi-la a sair da cidade para ser sua chef. Por razões que vão da ambição ao desespero, ela aceita – e mete-se a caminho para oeste, sem o marido. Esta decisão impulsiva, assim como vários acontecimentos fora do seu controlo, vão mudar o curso da vida de algumas pessoas em redor de Greenie.

Gosto e muito da escrita desta senhora, logo recomendo! Cá fica um excerto do livro:

“Greenie foi ter com Claudia ao pé da janela. Gostava daquela mulher, mas nesse momento sentia-se dilacerantemente sozinha, como se a sua vida fosse uma pradaria aberta, iluminada pelo sol mas demasiado ampla e vazia.”

Podem ler aqui no blog da Miss Slim.

sábado, 27 de junho de 2009

O caçador de Almas


“Tyler, um rapaz de treze anos, jaz inconsciente numa cama de hospital após um trágico acidente que lhe danificou o cérebro. O pai permite que dois invulgares cientistas tomem a seu cargo o destino do adolescente. Um deles é um neurocirurgião cujas experiências pouco ortodoxas incluem o uso de computadores para controlar as respostas físicas dos pacientes durante as cirurgias. O outro é um investigador por conta própria e autor de experiências altamente secretas que visam descobrir a centelha da consciência humana… e capturá-la para sempre.
Juntos, alcançarão um resultado que ultrapassará tudo o que haviam imaginado, fazendo Tyler transpor os limites da ciência médica e enviando-o para um lugar nunca antes visitado e do qual um pai desesperado tentará resgatá-lo…
Um romance científico e tecnologicamente fascinante, com tudo aquilo que nos caracteriza enquanto seres humanos. O Caçador de Almas é uma viagem inesquecível ao interior das possibilidades da mente… e da alma humana.”

«Um romance cinematográfico e frequentemente arrepiante; as personagens são complexas o suficiente para exercer a nossa simpatia ou aversão; os pormenores mais técnicos – cirurgias cerebrais, síndromes neurológicas bizarras, dispositivos informáticos sinistros – parecem verdadeiramente reais; o enredo agarra, mantendo o leitor impaciente até ao desenlace final.»
The New York Times

Excerto do livro, que amei ler. Duro mas muitíssimo bem escrito, (é impressionante vermos como estamos nas mãos dos médicos e à sua mercê - valha-nos os bons profissionais!) como é comum neste escritor e em todas as suas obras:

“Tanto quanto Cleaver se lembrava, a sua vida intelectual tinha sido conduzida por dois conceitos. Um era a ideia que a mente era capaz de existir fora do corpo, de que os pensamentos, os medos, os sonhos, os pesadelos e as emoções tinham uma existência independente. O outro era a ideia de que as máquinas e o homem se podiam fundir – através dessa mente despojada de corpo – a fim de criar o novo homem do futuro. Porque se a mente podia ser medida – se havia algo que viajava de um ponto a outro - , então também podia ser capturada.”

Recomendo vivamente, não só este livro como todos o deste escritor : )

Podem ler aqui no blog da Miss Slim.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tudo por amor

Mais um contributo da minha parte para a Academia dos Livros, da qual sou sócia praticamente desde o início...
Este é um daqueles livros que se lê de um fôlego e que nos faz pensar até onde uma mãe é capaz de ir para defender e proteger um filho.
Uma boa leitura para as tardes quentes de praia...
No seu dia-a-dia de trabalho, Nina Frost, a ambiciosa delegada adjunta do Ministério Público, acusa pedófilos e trabalha afincadamente para garantir que um sistema legal com demasiadas lacunas mantenha estes criminosos atrás das grades.
Mas quando o seu próprio filho de cinco anos, Nathaniel, fica traumatizado devido a abuso sexual, Nina e o seu marido, Caleb, um pedreiro reservado e metódico, ficam destroçados, dilacerados por um sistema legal ineficiente que Nina conhece demasiado bem.
Num piscar de olhos, as verdades absolutas e as convicções de Nina desmoronam-se e esta lança-se num plano para fazer justiça pelas próprias mãos - independentemente das consequências, qualquer que seja o sacrifício.

Podem ler aqui no blog da Risonha.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Se me pudesses ver agora

O 1º bestseller que publicou foi “P.S. – Eu Amo-te”, um dos mais notáveis bestsellers de 2004.
Cecelia Ahern em “Se me pudesses ver agora" ou Cecelia Ahern in “If You Could See Me Now”.


Elizabeth tem 34 anos e vive numa casa que ela adora e paga com o dinheiro que ganha no seu bem-sucedido negócio de designer de interiores. A vida não lhe foi fácil. Desde que a mãe os abandonara, Elizabeth acabou de se criar a si própria, enquanto criava também a irmã, Saoirse, e cuidava do pai. Aos dezasseis anos Saoirse engravidara por pura distracção. E agora Elizabeth tem o pequeno Luke para criar, uma criança que ela teme que também venha a ser problemática, uma vez que tem um amigo imaginário. Mesmo assim Elizabeth controla tudo na perfeição. Mas agora que Ivan apareceu na sua vida, vai mudá-la de formas que ela nunca podia ter imaginado... Um conto de fadas moderno. Uma história cheia de romantismo, emoção, sonho e fantasia. Um conto de fadas moderno.

É um livro comovente e muito terno. Faz-nos pensar sem dúvida nos pequenos grandes prazeres da vida.
Como que se vê o mundo com óculos cor de rosa.
Lembramos o nosso lado mais inocente, crente e infantil, que tantas vezes tanta falta nos faz e que torna a vida mais linda.

Excertos:
“Fuchsia Lane. Devem ter-lhe dado esse nome por causa das fuchsias que cresciam por todo o lado. Ali eram Silvestres”.

“Sentia-se no ar um odor magnifico a relva acabada de cortar...”

"A vida é assim uma espécie de pintura. Uma pintura abstracta muito bizarra. Podemos olhar para ela e pensar que tudo aquilo não passa de um borrão, e continuarmos a viver a nossa vida pensando que tudo o que existe à nossa volta é um borrão. Mas se olharmos bem para ela, se a observarmos com atenção, a vida pode tornar-se muito mais do que isso. Ela pode ser uma pintura do mar, do céu, das pessoas, dos edifícios, de uma borboleta pousada numa flor ou de qualquer outra coisa, excepto do borrão que antes vocês se convenceram que era."

“Elizabeth levantou os olhos. À sua frente estavam centenas de sementes de dente-de-leão a esvoaçar ao vento, captando a Luz do Sol com os seus filamentos brancos felpudos e flutuando em direcção a eles como um sonho fantástico.
- Parecem fadas – disse Luke, espantado.”

"Não importa onde estamos neste mundo, porque o que interessa é onde estamos aqui - tocou ao de leve na cabeça. - O importante é o outro mundo que habito. O mundo dos sonhos, da esperança, da imaginação e das recordações. Aí eu sou feliz ... por isso também sou feliz neste sítio. ... Fechou os olhos e deixou que o vento lhe secasse as lágrimas."

Podem ler aqui no blog da Miss Slim.

sábado, 13 de junho de 2009

A solidão dos números primos

Ontem aconteceu-me uma coisa que há já muito tempo não sucedia!
Pegar num livro e lê-lo de uma assentada, sem interrupção até à última página.
Fiquei tão contente! Já me julgava incapaz de uma proeza do género e andava a matutar se não seria por agora precisar dos óculos para ler e ter de andar sempre com eles de um lado para o outro, que isso acontecia.
Afinal, depois de ler este, cheguei mesmo à conclusão que eram os argumentos incipientes e pueris que não me despertavam a curiosidade, aliados à maneira inadequada de tratar os temas.
Pronto, pronto,está bem, a Net e a falta de tempo também têm alguma culpa, eu concedo.

O livro em questão chama-se « A Solidão dos Números Primos» de Paolo Giordano, da Bertrand.

É a história de duas personagens que vivem dois incidentes infelizes e perturbadores que lhes modificam por completo a vida. O relacionamento com os pais é fundamental na gestão emocional do problema vivenciado e na afectividade. O seu crescimento e relacionamento consigo e com os outros acaba por ser condicionado por isto.
Acabam por se cruzar e o leitor acompanha o seu crescimento, a adolescência, a juventude, os amores e desamores, o traumas e infelicidades que, são incapazes de superar pelo peso esmagador das suas más experiências.

Não é uma história feliz. É uma história crua e fatalista, como tantas na vida real, contada magistralmente.Bom conhecedor da psicologia humana o autor prende-nos e enreda-nos na expectativa do que pode acontecer. Entre a inércia absurda e enervante das personagens e a nossa vontade que as coisas se alterem e acabem por se comporem, somos levados até ao final da história, meio desconcertante mas plausível, que nos deixa a pensar nas relações humanas e na importância de educarmos as nossas crianças para o sucesso duma coisa a que damos pouca importância - A inteligência emocional.

Podem ler aqui no blog da Noémia.