É uma narrativa de vidas solitárias povoadas por amizade e ambição.
George e Lennie percorrem o solo americano à procura de trabalho, mas em plena época de recessão americana (anos 30 do século XX) tudo o que conseguem encontrar é trabalho sazonal e mal pago. Vivem em condições de pobreza alimentando o sonho de comprar uma quinta onde possam viver os dois em paz, sem patrões e “criando coelhos de sobra para comer e vender”. É com esta ambição que trabalham e guardam o dinheiro.
George é um indivíduo magro, baixo, de cara morena, olhos vivos e bastante esperto, enquanto que Lennie é precisamente o oposto: tem a inteligência e a ingenuidade de uma criança e é tão corpulento que facilmente atrai atenções, além disso tem uma força superior à que seria de esperar num ser humano. Entre eles existe uma amizade de irmãos, George nutre um sentimento de protecção em relação a Lennie, pois comporta-se como o irmão mais velho que lidera e que toma as decisões mais importantes. Quando alguma situação exige força muscular, Lennie apresenta-se sempre orgulhosamente a seu lado. É uma relação equilibrada, pois a ignorância e a corpulência de um é compensada com a esperteza e a magreza do outro.
Ao longo da obra também vamos conhecendo outras personagens interessantes, cujos sonhos têm vindo a ser continuamente adiados por vicissitudes da vida, mas entre aventuras e desventuras o “sonho americano” vai persistindo. A realidade é que se mostra sempre inesperada e o relacionamento humano muito frágil.
Esta obra já foi adaptada ao teatro e ao cinema várias vezes, mas se calhar vale mais ler o livro! ;)
Podem ler aqui no blog da Moonlight.
3 comentários:
Ameixinha, realmente o Bem Amado foi muito divertido, o livro não li. Quanta indicação nova e eu sem tempo para ler. Sem tempo, li Pequenas Criaturas do Rubem Fonseca, romancista, contista e roteirista de cinema, um livro de pequenos (mas excelentes) contos.
Só para atiçar a curiosidade
".... Matar a velha, não a crueldade, como disse o poeta, mas a força do meu ato e não apenas da minha imaginação foi a impulsão que fará de mim um verdadeiro escritor. Tenho, agora, o começo, tenho o meio e o fim."
Beijo acadêmico
Eu li esta obra de Steinbeck no original e gostei bastante. É um dos livros de Steinbeck que melhor retrata a fragilidade humana. Vale mesmo a pena ler.
Não conheço este livro (só de nome), mas pela descrição noto-lhe algumas semelhanças com a temática de "As Vinhas da Ira", que é um dos meus livros preferidos de sempre. Qdo tiver oportunidade, vou ler este também.
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