domingo, 3 de agosto de 2008

Desafio literário

Acalento um desejo antigo de pertencer a um clube de leitura. Gostava de reunir com um grupinho uma vez por mês para conversar acerca de livros, de autores, de frases, de interpretações, de vidas!


Vejo-me sempre numa mesa redonda com os livros no colo e uma chávena de chá a aconchegar a alma no Inverno ou uma taça de morangos no Verão.


Lembro-me de ler desde que me conheço. Vivo rodeada de livros desde muito criança. Como já tinha dito, o meu pai sempre apostou nos livros como acesso ao conhecimento, à aprendizagem e ao desenvolvimento intelectual dos filhos. Eu não me canso de lhe agradecer este pormenor.

Mas ao nível da literatura de lazer, como lhe chamo, foi o meu irmão mais velho que me abriu as portas a um mundo novo.


A minha mãe diz que, quando entrei para a escola, passado uns meses já estava em frente à televisão a tentar ler as letras que passavam. Acho que vem daí a minha incapacidade matemática :)


Quando fui operada e tive que permanecer uns dias no hospital, pedi que me levassem Banda Desenhada. Tinha 9 anos e estava sozinha num sítio arrepiante. Não sei se foi essa experiência traumatizante que me levou a não apreciar BD. Nunca mais li, passei aos livros de aventuras que lia velozmente para passar ao seguinte e por aí em diante. Quem não leu "Uma Aventura" e "O clube das chaves"? Eu li quase todos :) E a partir daí passei a outra fase. O desenvolvimento é isso mesmo, certo? Nós crescemos e os livros crescem connosco, como companheiros inseparáveis.

Li sempre muito e aprendi muito a ler.


Mas, estou a divagar... A Cláudia apresentou uma ideia fantástica e convidou-me para participar. Não sei se alguma vez lhe disse que adoro ler, mas se não disse, ela acertou em cheio. Lançou um desafio literário em que, cada uma das desafiadas tem que "falar" do livro que está a ler ou de um livro que tenham lido e que queiram recomendar. Obrigada pelo convite Cláudia ;)


Eu leio muito, tenho sempre livros ao pé de mim. Mas há sempre uns que gostamos mais que outros. Há escritores que, conhecendo o estilo, sabemos que gostamos. Eu tenho alguns que, há muitos anos, já foram eleitos como bons e favoritos: John Steinbeck, Albert Camus, Irvine Welsh, Boris Vian, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, entre muitos outros.


Eu sou daquelas pessoas que gosta das tragédias e das surpresas até ao final. Não sou grande fã de romances choramingosos que, a meio do livro, já adivinhamos o fim. E gosto da estranheza das histórias e das personagens, dos desvios de conduta, da riqueza de carácter e da profundidade de quem participa do enredo.


Há muitos anos, quando o meu irmão se apercebeu que eu não era tão estúpida como ele imaginava e quando me viu a ler umas coisas, ofereceu-me um livro. Um livro maravilhoso e mágico. Onde podemos dar asas à imaginação e moldar os personagens como os sentimos e pensamos. Não deixa de ser um romance, é! Não deixa de ser uma bonita história de amor, é! Mas é uma tragédia de amor que exige demasiado aos protagonistas, a Colin e Chloé.


Esta é apenas a primeira parte de um post demasiado longo... Quando dei por mim tinha divagado demais. Mas não vou cortar nada do que disse. Quando a Cláudia me convidou eu sabia que esta minha paixão pelos livros levar-me-ia a um post interminável e cansativo para quem lê. Decidi fazer isto por capitulos para não vos cansar :)
Pode ler aqui no blog da Ameixa Seca.

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