quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Pássaros feridos


É com grande orgulho que digo que faço parte da Academia dos Livros, onde fui carinhosamente inserida pela Ameixa. Como ler é um dos meus passatempos preferidos, tinha mesmo que fazer parte desta academia maravilhosa.Venho dar-vos a conhecer o livro que acabei de ler ontem à noite e que achei maravilhoso.
Não sei se se lembram da série "Pássaros Feridos", passada entre nós no ano de 1983, protagonizada por Richard Chamberlain (no papel de Ralph de Bricassart) e Rachel Ward (no papel de Maggie Carson). Lembro-me de ser míuda e toda a gente lá em casa gostar de ver esta série.
Passados mais de 20 anos tive oportunidade de ler o livro e aconselho-o vivamente a toda a gente, pois é um tipo de leitura que nos prende até à última página.



"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade do que qualquer outra criatura sobre a Terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro, e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e solta um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência..."

Esta é a tortuosa história de dois pássaros feridos: a vida de Ralph de Bricassart, um ambicioso sacerdote católico com o coração dividido entre o seu amor espiritual por Deus e pela carreira eclesiástica e a sua irrefreável paixão terrena pela sua jovem paroquiana Meggie Carson.
Ralph de Bricassart tenta ultrapassar a sua paixão por Meggie e chega a cardeal, nunca esquecendo no entanto o amor que sentia pela jovem e nem sequer tendo conhecimento que ambos têm um filho em comum, Dane, que também segue a vida religiosa e chega a ser ordenado padre. Meggie, Ralph, Paddy, Luke, Fee, Dane, Justine, Rainer, Patsy, Jims, Bob, Jack... e mais uma infinidade de personagens que têem como centro a fazenda de Drogheda, situada na Austrália.
Não deixem de ler este livro pois vale mesmo a pena.

Nota sobre a autora: Colleen McCullough nasceu em 1937 em Wellington, Austrália.Catedrática de Neurologia na Universidade de Yale, a sua carreira como escritora teve início quando já era uma profissional destacada da Neurologia. Pássaros Feridos (1977) granjeou-lhe um enorme êxito internacional. É autora de vários romances românticos, bem como de um ciclo de romances ambientados na Roma antiga, pelo que lhe foi concedido em 1993 um doutoramento honoris causa em História.


Podem ler aqui no blog da Risonha.

6 comentários:

Fabrícia disse...

Esse livro é lindo...adorei o post.
Bjs

Maria Vitamina disse...

Olá, também li este livro a gostei bastante da escrita de Colleen McCullough. Neste livro a história de um amor forte e quase impossivel de concretizar está bem rodeada de outras personagens e acontecimentos igualmente interessantes: a descrição do clima agreste e da paisagem é simples e muito objectiva, nada de rodeios desnecessários. Foi uma leitura bastante agradável.
Bjs

Os Olhos de Alice disse...

Eu li este livro bem antes de ver a série na TV!!!
Lindo, me deu saudades desta história, vou procurar nas minhas prateleiras para ver se ainda está lá...quero ler novamente
bjs

Isabel disse...

Eu também li o livro e adorei. Também via a série e recebi de presente recentemente o DVD. É uma optima sugestão.
Bjs.

Cláudia Marques disse...

Eu adoro este livro. Tal como disse a Risonha, tb me aconteceu ficar agarrada ao livro até ao fim, é mesmo muito bom. Tb vi a série, lembro-me que era daquelas de não se querer perder um episódio. É uma bela saga, mto bem narrada, e realmente a descrição das paisagens e do clima tb são fascinantes.

Rose15 disse...

Li o livro há muitos anos, e estou acompanhando a série pela tv (junho/2009). Andei pesquisando, meu inglês não é bom, mas achei paralelos da vida da escritora com a história: ela nasceu no mesmo dia em que a filha de Meggie (no livro, 01/06/37), tem os cabelos bem vermelhos (os Cleary), é filha única em mais de 10 irmãos (como Fee e Maggie)e cresceu em colégio de freiras. Penso que a história é semi-biográfica. Só não gosto do final, na ênfase no personagem Justine. Tirando isso, a história é apaixonante e inesquecível. Grande abç.