O livro começa por contar a infância simples e despreocupada de Catarina e de seus irmãos no Palácio de Vila Viçosa. Na altura eram apenas herdeiros do Duque de Bragança, não sonhavam que um dia o seu pai iria ser rei e eles infantes de Portugal. Nessa época o país tinha caído sob o domínio de Castela, sendo Filipe IV de Castela também Filipe III de Portugal. Quando Catarina tinha 3 anos o seu pai tornou-se rei de uma nova dinastia de reis portugueses e toda a família se mudou para o Paço da Ribeira, em Lisboa.
Paço da Ribeira, Lisboa, Séc. XVII
O período da Restauração, com todas as suas dificuldades e as intrigas típicas de qualquer corte transformaram a vida de toda a família, principalmente a de D. JoãoIV e D. Luisa de Gusmão que enfrentaram as maiores dificuldades para vencer a guerra contra Castela. Mas também Catarina viu a sua vida completamente alterada e tocada muitas vezes pela tragédia. Foi aqui que perdeu os seus dois irmãos mais velhos, Teodósio, o herdeiro do trono, e Joana, a sua confidente. Foi aqui que lhe disseram, que com a morte de sua irmã, lhe caberia a ela a tarefa de fazer um casamento útil ao esforço de guerra. Foi também aqui que começou a formar o seu carácter com a influência positiva de Padre António Vieira e de seus pais. Poderíamos dizer que Catarina herdou o melhor de cada um dos seus pais: o carácter forte da mãe e o feitio doce do pai.
Em resumo, achei a obra muito interessante, muito rigorosa em termos históricos e muito agradável de ler. A autora, luso-britânica, mostra com subtileza as diferenças culturais existentes na época entre os dois países, e o peso gigantesco da religião na sociedade da época. Leiam. Uma lição de história nunca fez mal a ninguém. Ficamos sempre a perceber um pouco melhor o presente, quanto conhecemos bem o passado.
Podem ler aqui no blog da Isabel.
4 comentários:
Parabéns pela crítica que me deixou cada vez mais curiosa para pegar nesse livro. Tenho o livro na estante de minha casa à espera de 'vez' para ser lido. Gosto muito de romances e biografias histórias. Aprende-se sempre mais alguma coisa do que já sabáimos e normalmente foi aprendida muito ao de leve na escola.
Maria, é isso mesmo. Na escola damos muito ao de leve e também nos vamos esquecendo, não é?Aprendi imenso a ler este livro. E apesar de ser muito grande, lê-se muito bem.
ainda não comprei, mas está na lista de espera!
não devias era ter contado que a heroína morre no fim!! ;)
Também tenho este livro debaixo de olho porque gosto muito de romances/biografias históricas...
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