Ontem aconteceu-me uma coisa que há já muito tempo não sucedia!
Pegar num livro e lê-lo de uma assentada, sem interrupção até à última página.
Fiquei tão contente! Já me julgava incapaz de uma proeza do género e andava a matutar se não seria por agora precisar dos óculos para ler e ter de andar sempre com eles de um lado para o outro, que isso acontecia.
Afinal, depois de ler este, cheguei mesmo à conclusão que eram os argumentos incipientes e pueris que não me despertavam a curiosidade, aliados à maneira inadequada de tratar os temas.
Pronto, pronto,está bem, a Net e a falta de tempo também têm alguma culpa, eu concedo.
O livro em questão chama-se « A Solidão dos Números Primos» de Paolo Giordano, da Bertrand.
É a história de duas personagens que vivem dois incidentes infelizes e perturbadores que lhes modificam por completo a vida. O relacionamento com os pais é fundamental na gestão emocional do problema vivenciado e na afectividade. O seu crescimento e relacionamento consigo e com os outros acaba por ser condicionado por isto.
Acabam por se cruzar e o leitor acompanha o seu crescimento, a adolescência, a juventude, os amores e desamores, o traumas e infelicidades que, são incapazes de superar pelo peso esmagador das suas más experiências.
Não é uma história feliz. É uma história crua e fatalista, como tantas na vida real, contada magistralmente.Bom conhecedor da psicologia humana o autor prende-nos e enreda-nos na expectativa do que pode acontecer. Entre a inércia absurda e enervante das personagens e a nossa vontade que as coisas se alterem e acabem por se comporem, somos levados até ao final da história, meio desconcertante mas plausível, que nos deixa a pensar nas relações humanas e na importância de educarmos as nossas crianças para o sucesso duma coisa a que damos pouca importância - A inteligência emocional.
Podem ler aqui no blog da Noémia.
1 comentário:
Comprei este livro agora e está a minha lista para ler brevemente, ainda bem que a opinião sobre ele é boa
Boas leituras
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